Autor: João Paulo Meningue Machado
Graduando em Gestão de Políticas Públicas - EACH - USP
Este texto tem como objetivo explicar o funcionamento e organização do orçamento-programa e do orçamento tradicional, além disso, serão traçadas as fundamentais entre esses dois tipos de organização dos gastos e das despesas públicas. Na primeira parte desta argumentação serão traçados os princípios fundamentais dos dois temas analisados, em seguida, será exposta a organização dos dois modelos orçamentários. A seção posterior tratará as diferenças técnicas e de propósito entre eles. Por fim, serão feitas conclusões sobre o que foi relatado aqui. Vale lembrar que tal texto trata apenas o orçamento público.
Graduando em Gestão de Políticas Públicas - EACH - USP
Este texto tem como objetivo explicar o funcionamento e organização do orçamento-programa e do orçamento tradicional, além disso, serão traçadas as fundamentais entre esses dois tipos de organização dos gastos e das despesas públicas. Na primeira parte desta argumentação serão traçados os princípios fundamentais dos dois temas analisados, em seguida, será exposta a organização dos dois modelos orçamentários. A seção posterior tratará as diferenças técnicas e de propósito entre eles. Por fim, serão feitas conclusões sobre o que foi relatado aqui. Vale lembrar que tal texto trata apenas o orçamento público.
O orçamento clássico, também conhecido como tradicional,
foi utilizado no Brasil até a lei 4320/64, quando cedeu espaço para o
orçamento-programa. O antigo modelo, dado seu caráter de pioneirismo no
Brasil, era apenas uma análise das previsões das receitas e das permissões de
despesas, sem possuir qualquer caráter planificador e funcional. Seus
princípios, com a grande possibilidade de conflitos entre nações no período em
que foi elaborado e funcionou no Brasil, visavam apenas atender as principais
necessidades do Estado naquele tempo: Segurança externa, segurança interna e
justiça.
Orçamento-programa é o segundo modelo analisado nesse
texto. Foi introduzido no Brasil em 1964, pelo General Castello Branco. De
maneira diferente do orçamento tradicional, o orçamento programa constrói um
plano de ação para o governo no período em que o orçamento será executado.
Assim, apresenta os planos para atingir os objetivos e metas de maneira
organizada. Dessa forma, pela primeira vez as metas do governo começam a ser
organizadas em um orçamento que pensa em longo prazo.
De forma organizativa, o orçamento clássico se caracteriza
pela fragmentação das receitas e despesas, ou seja, os recursos são divididos
conforme a necessidade de cada setor; não há uma alocação de recurso com base
nos programas (políticas) que serão colocados em prática. Assim, cada setor,
dentro desse modelo orçamentário, disputa os recursos escassos com outros. De
forma que o que importa para o governo não é a organização alocativa para
otimizar utilização da riqueza recebida da população, mas sim o aumento ou
diminuição da receita.
A posse de um plano de governo que possui uma definição dos
objetivos específicos de cada recurso utilizado é uma das características
organizativas do orçamento-programa. Assim, os objetivos e metas de cada
dotação orçamentária (porte do orçamento total) são traçados, o que permite a
mensuração do custo de cada programa. No Brasil, o modelo orçamentário atual
possibilita a medição da competência administrativa, através a comparação entre
o gasto previsto para o programa e o seu gasto real final. Com isso, obedecendo
aos prazos legais estabelecidos e à Lei de Diretrizes Orçamentárias e à Lei
Orçamentária Anual, a planificação do orçamento brasileiro se baseia no Plano
Plurianual vigente em cada período, a fim de alcançar as metas estabelecidas
por ele.
Os dois modelos orçamentários possui diferenças
organizações e de resultados fundamentais. No Brasil, o Orçamento-programa pode
ser considerado como uma evolução do padrão tradicional. A finalidade deste
caracteriza-se pelo pensamento apenas nas coisas concretas que o governo compra
naquele período, o primeiro, por sua vez, preocupa-se com ações da
administração e nos meios utilizados para realiza-las. O planejamento não
existe no modelo clássico, enquanto o programado é baseado no planejamento,
onde os objetivos e metas são bem delineados, inspirando-se nos PPA, no caso
brasileiro, onde os objetivos e metas são bem delineados. Desta forma, a
elaboração do modelo tradicional é experimental, onde se faz um cálculo
percentual das receitas e despesas do período anterior para mensurar-se o
próximo orçamento, ao passo que programático caracteriza-se numa elaboração
técnica que dá enfatiza as diretrizes e prioridades, com base em cálculos das
estimativas reais de recursos necessários.
Com base no que foi exposto neste texto, pode-se depreender
que o modelo tradicional não possui mais espaço nos países mais desenvolvidos,
pois o planejamento se tornou peça fundamental para uma administração eficiente
e eficaz. O modelo tradicional é apoiado em métodos ultrapassados de
formulação, de forma que o controle sobre os gastos públicos é muito limitado.
O Orçamento-programa, por sua vez, tem a planificação como principal
característica, o que condiz com as demandas das sociedades contemporâneas.
Assim, tal modelo, embora possua suas falhas, é mais eficaz e eficiente na
alocação de recursos e nos gasto governamental, além disso, possibilita um
maior monitoramento da utilização da receita pública. Como resultado, no longo
prazo possui um resultado muito melhor do que o ultrapassado modelo tradicional,
por isso, esse é o modelo utilizado no Brasil.
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